sexta-feira, 26 de abril de 2019

BARUCH SPINOZA (1632-1677)

Consta que Spinoza, como pessoa, era gentil, apaixonado pelo conhecimento e pela cultura e cultivador de amizades. Sabe- se que foi perseguido e expulso da comunidade judaica, principalmente por criticar o conceito judaico de Deus. Dominava várias línguas, inclusive o português, idioma falado correntemente nas ruas de Amsterdam na época, onde havia uma grande comunidade judaica de origem portuguesa. Grande conhecedor do Velho Testamento, publicou, em vida, duas obras: Os princípios da filosofia de Descartes, em 1663, e Tractatus Theologico-Politicus, em 1670, obra que projetou Spinoza fora de seu país.

A influência de Spinoza, não só sobre filósofos, mas igualmente sobre artistas e poetas, se estende até os dias de hoje. Recentemente foi lançado o livro de Roberto Leon Ponczek (professor da UFBA) intitulado Deus ou seja a natureza – Spinoza e os novos paradigmas da física (2009), em que, entre outros assuntos, é descrita a grande influência de Spinoza sobre Albert Einstein. Na contracapa desse livro, lê-se:

¨Certa vez, quando lhe perguntaram se acreditava em Deus, Einstein teria respondido: "Sim, o Deus no qual eu acredito é o Deus de Spinoza". De fato, Einstein entendeu como ninguém que o Deus ou seja a Natureza de Spinoza, se reflete do mais ínfimo spin eletrônico às mais extensas galáxias do universo. Para Einstein, a ciência não poderia ser apenas uma útil conta de chegada às aplicações tecnológicas, mas deveria ter uma dimensão quase religiosa. Para ambos, Deus é a Natureza inteligente e autoconsciente sempre muito mais ampla do que qualquer coisa que possa ser dita ou descrita por números. Deus é o jardim que não carece de jardineiro, pois se faz por Si próprio. O ser humano é tão somente um pequenino arbusto de limitada existência plantado neste Jardim infinito que a ele se desvela com mistério e espanto¨

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